quarta-feira, 27 de abril de 2011





"We can't solve problems by using the same kind of thinking we used when we created them".

                                                                 Albert Einstein










terça-feira, 19 de abril de 2011

Um cheiro de terra molhada, de leve brisa e de céu encoberto!

Hoje, quando ia de Lisboa para Almada, fui invadida por estranhas percepções sensoriais!

Olhei para o céu estava encoberto, ali estava o sol à espreita para conseguir rasgar as nuvens que insistiam em ir de um lado para o outro como de uma brincadeira se tratasse.

Parece que de um momento para o outro aquele sol e aquele céu ficaram estranhamente importantes, como se estivesse a olhar depois de uma longa ausência de olhar...Não sei...foi peculiar, ergui a cabeça e , enquanto ia de um semáforo para o outro, não me contive de tanto contemplar!

Cheguei à consulta, aquele buliço hospitalar é gritante para mim...parece uma zona de guerra organizada por generais de bata branca e soldados de bata azul...ouço-me a falar sem mexer os lábios, estou em conversa com a minha cabeça e que grandes conversas....ouço-me outra vez: provávelmente ninguém que está aqui sentado, olhou para o céu hoje e sentiu o cheiro de terra molhada...ouço-me pela terceira vez...deviam...oh se deviam!!!

Finalmente...chamam-me...e quando entro ainda me sinto inebriada por aquele cheiro e aquela visão de céu...o médico está a falar comigo...mas confesso que a minha distracção era tão grande que parecia que tinha acordado depois de dormir anos.

Saio e caminho pela rua, olho novamente para o céu, inspiro o cheiro da terra molhada e de repente uma leve brisa de mar...arrepia-me....o meu corpo fugiu novamente...a minha cabeça, procurou, misturou aquele cocktail e por fim lembrei-me que recordação era... um cheiro de terra molhada, de leve brisa e de céu encoberto.



SCD

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Somente uma?

Há uma linha que separa o comum do extraordinário, o bonito do feio, o possível do impossível, que separa o passado do futuro, que distingue o que eu procuro do que eu encontro.


Uma linha que separa aquilo com que não perco tempo, daquilo que dedico horas, meses, anos da minha vida.

Há uma linha que sabe tudo sobre mim, que separa as pessoas de quem eu não gosto, daqueles que eu mais amo.

Existe unicamente uma linha que separa o que eu quero hoje do que eu quero amanhã, do que eu queria antes e do que eu quero depois.

Uma linha que distingue o que é realmente importante para mim, daquilo que é insignificante.

Há uma linha que separa o que eu gosto do que eu não gosto e eu ainda não sei o que é que gosto amanhã!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vinicius de Moraes

Vire essa folha do livro e se esqueça de mim


Finja que o amor acabou e se esqueça de mim

Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz

E que ter medo de amar não faz ninguém feliz

Agora vá sua vida como você quer

Porém, não se surpreenda se uma outra mulher

Nascer de mim, como do deserto uma flor

E compreender que o ciúme é o perfume do amor

Vinicius de Moraes

I have a new nose!




"Odors have a power of persuasion stronger than that of words, appearances, emotions, or will. The persuasive power of an odor cannot be fended off, it enters into us like breath into our lungs, it fills us up, imbues us totally. There is no remedy for it." - Patrick Suskind